A educação pública do município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) vem sofrendo uma grande crise. Na semana passada professores se reuniram na porta da prefeitura, para reivindicar esclarecimentos sobre uma grave denúncia de irregularidades no rateio do recurso do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

De acordo com os professores, servidores nomeados da educação foram surpreendidos com gordas gratificações provenientes do recurso em seus contracheques, enquanto os educadores, que deveriam ser priorizados no rateio, ficaram sem receber um centavo a mais em seus salários.

Coincidência ou não, na última quinta-feira (13) a secretária de Educação do Município, Mariza Pimentel, foi diagnosticada com coronavírus e precisará ficar afastada de suas atividades por pelo menos 2 semanas. Há quem diga que a contaminação da secretária por COVID veio a calhar, justamente no momento em que a categoria vinha pressionando a pasta sobre as supostas irregularidades no rateio do recurso.

O diagnóstico de Mariza de infecção pelo coronavírus foi amplamente divulgado pela prefeitura, através da imprensa local, nesta sexta-feira (14). É uma pena que o órgão não utilizou da mesma eficácia para atualizar os professores com relação ao rateio do Fundeb. Nem se quer uma nota de esclarecimento foi publicada, no sentido de tranquilizar os servidores no que se refere à sua reivindicação.

E, mais uma vez, as coisas são tratadas com a banalidade de quem pouco se importa com os verdadeiros interesses da população. Aliás, tratar a educação com insensatez já se tornou uma marca registrada da atual gestão municipal, uma vez que, diversos escândalos envolveram a pasta nos últimos anos.

Não bastasse os episódios de entrega dos “kits merenda” com frutas verdes e verduras estragadas, entre outros acontecimentos marcantes, agora foi a vez dos educadores ficarem a “mercê da sorte”. E aí, quem irá os defender?

1 thought on “Em meio a pressão sobre rateio do Fundeb, secretária Mariza testa positivo pra COVID. E como ficam os professores?

  1. Quanto ao Rasteio e outros direitos também já adiquiridos,para nós professores, não entendo quando o gestor fala quê não tem dinheiro,desde quando o nosso dinheiro, salário não saí dó município,dos cofres dó município,mas sim do governo federal,apenas para nos repassar,para onde vai este dinheiro quê é apenas para nos repassar, muito triste este descaso para com a nossa categoria

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