A população simõesfilhense está de luto. Foi morta a tiros, na noite desta quinta-feira (17/08), dentro de sua residência, na comunidade conhecida como Quilombo Caipora, em Simões Filho, a líder quilombola e militante pelas causas raciais, Bernadete Pacífico.

De acordo com as primeiras informações, Bernadete estava descansando no sofá de sua sala, quando foi surpreendida por homens fortemente armados, que a executaram de forma brutal, sem nenhuma chance de defesa. A cena teria sido presenciada por um de seus netos, que em áudios que circulam nas redes sociais afirma que os atiradores levaram o seu celular e o de sua avó, após a execução.

O caso está sendo apurado pelas autoridades polícias e ainda não há informações oficais sobre a autoria e a motivação do crime.

Ex-secretária de Promoção da Igualdade Racial na última administração do ex-prefeito Eduardo Alencar (PSD), Bernadete deixou um legado de força e coragem, sempre disposta a defender os interesses das comunidades quilombolas e dos povos tradicionais, não só no âmbito municipal, mas a nível estadual e até nacional.

Coincidência ou não, esse não é o primeiro assassinato envolvendo a família da ativista social.  Em 2017, o seu filho, também líder comunitário conhecido como Binho do Quilombo, foi assassinado em frente a uma escola municipal, onde acabava de deixar seu filho.

A morte de Bernadete provocou uma grande comoção em toda a população simõesfilhense, sobretudo por se tratar de uma mulher, idosa e que dedicou sua vida em lutar por uma sociedade mais justa e igualitária.

Bernadete, presente!

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